Pesquisas, fraudes e aquisição final (concluída)

Zx9r94: há-de estar, pois terei muito gosto em partilhar o resultado final com a comunidade, marcando presença num encontro!

Amigo RS6bird, muito obrigado pelas tuas palavras e pelo apoio. Estou certo que o verás em breve!

Amigo Bruno,

Um bom amigo, também ele proprietário e membro da comunidade Ferrari teve, por coincidência, a oportunidade de ver o carro ao vivo depois de há alguns meses o ter visto online. A reacção foi: "então mas isto afinal pouco mais há a fazer do que chapa!". Fiquei contente, porque acabou por mais uma vez legitimar a opção da compra. Ver um Ferrari sinistrado, seja de que forma for, é como ver um animal ferido e isso assusta sempre um pouco. Mas estando na presença do carro e tendo conhecimentos mecânicos a montante e a jusante, depressa se pode aferir que não obstante a quantidade de trabalho ali presente, não existem preocupações estruturais.

Apesar do projecto de restauro ainda nem sequer se ter iniciado, tenho-me deparado com algumas situações que encaro como sendo surpreendentes: existem e existiram Ferraris para comercialização nos concessarionários da praxe, unanimemente considerados acima de qualquer suspeita, sinistrados mais que uma vez e restaurados fora da margem sul, fora da Ferrari Lisboa e fora da cidade do Porto (Viauto ou não). Mantem-se oculto o facto do sinistro e gozando de boa credibilidade, se vendem muitos veículos desportivos a proprietários que simplesmente não possuem, por falta de meios de aceder à informação pertinente e/ou por inexperiência, capacidade de descortinar mais sobre o assunto. Gosto de saber com o que contar, pelo que prefiro que saibam também comigo neste projecto com o que se pode contar. Além do mais, existe sempre uma enormíssima diferença entre restaurar algo enquanto profissional para recomercializar imediatamente, e restaurar algo que é para ficar para nós, onde não existem preocupações em poupar na reparação para maximizar o lucro na venda futura, mas sim preocupações meramente de cariz técnico e original.

Logicamente não serei a pessoa mais imparcial para poder falar com rigor sobre os pontos supra citados. Em vez disso, ao longo de 2015 partilharei neste cantinho o processo de restauro em jeito de portfolio, para que cada um possa pensar e dizer de sua justiça livremente.

Um forte abraço com os meus agradecimentos,

Nuno.

 

Obrigado pelas palavras e pelo apoio, Tiago!

Já partilhei fotos do que está estragado, agora seguem fotos do que está composto:







Um grande abraço,

Nuno.

 

Obrigado pelas palavras, amigo!

Estou a aguardar um pouco a ver se o Euro se recompõe, especialmente em face à Libra Esterlina, já que as peças irão ser encomendadas de Inglaterra. Numa encomenda extensiva, ainda é uma diferença grande em termos cambiais, para nada!

O 355 vai ficar "no estaleiro" mais um pouco, para corrigir a conhecida e crónica situação dos colectores. Mas garanto-te que mal esteja tudo no sítio de novo, irei rapidamente recuperar o tempo perdido e andar bastante!

Um grande abraço.

 

Caro Pedro,

Muito obrigado pelas suas palavras e pela sua opinião. Pegando no seu post, partilho algumas decisões que entretanto tomei:

- O carro será revertido à cor original quando saiu de fábrica (rosso corsa).

- Por forma a validar a originalidade e correcção das reparações, irei inscrever o 575 no programa Ferrari Classiche a seu tempo.

Na semana que vem irei fazer a primeira encomenda de material mecânico. Seguir-se-ão as encomendas de peças de carroçaria.

A nível de carroçaria, está decidida uma aquisição:

- Grelha frontal estilo 250 GT (era um extra na altura em que o 575 era novo).

E fica por decidir o guarda lamas: tal como está (normal de equipamento base) ou um diferente mas original Ferrari, com preparação para receber os scudettos laterais.

Um abraço,

Nuno.

 

Amigo RS6bird,

O que eu gostava de ter conhecido o teu 550! Julgando pelo teu 355, não tenho dúvidas que seria muito possivelmente um dos melhores neste país!

Caro Pedro,

Foi exactamente essa linha de raciocínio que segui. Penso que em caso de um blu ou de um grigio, a ausência dos scudettos ficaria mais de acordo com o resultado final. Mais elegante, sóbrio e discreto. No entanto, em rosso corsa, sem scudettos parece que falta ali algo definitivamente.

Caro zx9r94,

Em termos de jantes gosto bastante das 19 polegadas do pack GTC, só não me recordo é se para elas caberem, também teria de trocar o sistema de travagem inteiro. Ainda não me debrucei sobre as questões estéticas, já que a mecânica e carroçaria terão prioridade. Mas lá chegaremos também à estética!

Um abraço e obrigado,

Nuno.

 

Muito obrigado pela dica. Certamente irei investigar! Irei ver também se as jantes que refere não interferem com a certificação Ferrari Classiche. Terei mais novidades em breve!

Um abraço,

Nuno.

 

Muito obrigado pelas palavras!

A meio de um dia bastante atarefado, conseguiu-se dar o pontapé de saída para as primeiras reparações. Assim mesmo, um passo de cada vez e com calma, aproveitando os (raros) momentos de lazer que surjam. Devagar se vai ao longe!

- R.H. Lower Lever
- R.H. Upper Lever
- Complete R.H. Steering Knuckle
- Axle Shaft
- Front Shock Absorber
- Lower Ball Joint
- Upper Ball Joint
- Rear Shock Absorber
- Complete R.H. Rear Hub Holder
- Rear Brake Disc
- Upper Lever
- Screws
- Complete Spacer
- Tie Rod Assembly

Felizmente a maior parte do rol existe em stock. No entanto, terei que aguardar pela chegada de um par de peças entre 7 a 10 dias úteis.

Um abraço.

 

Tiago,

Tens toda a razão, eu também sou um grande apreciador do pack HGTC, tanto a nível mecânico quanto a nível estético. Mas para te ser inteiramente franco, como no momento nem o tempo nem o orçamento são ilimitados, estou primeiro a focar-me na originalidade e saúde mecânica, até para permitir deslocações em segurança plena para a máquina, tanto dentro da oficina quanto para posteriores reparações/pintura de carroçaria, IPO, etc. Mas já tenho algumas futuras aquisições "extra" essencial fisgadas, confesso. O problema é que não pode ser tudo de uma vez: se completasse a aquisição o pack HGTC na íntegra e ainda por cima ao mesmo tempo tudo de uma vez só, dava praticamente para comprar um belo automóvel novo do segmento médio! Em termos dos amortecedores que referiste, o preço dos originais novos através da Eurospares (peça número 182989 até à viatura número 55768, que é o meu caso) é 1.284€ por unidade. Não encontrei o preço dos HGTC agora, mas lembro-me de os ter visto há um par de dias e ultrapassava largamente esse valor pelo menos para o dobro por unidade. A diferença do Euro para a Libra também não ajuda!

Um abraço,

Nuno.

 

Amigo F355 Berlinetta F1,

Realmente confesso com toda a abertura que se não fosse a ajuda e o trabalho da pessoa que muito estimo a acessorar-me, não teria condições de o ter adquirido nem de obter as informações técnicas necessárias que me permitissem saber o que estava errado nem o que esperar da reparação em termos financeiros. Se eu tivesse ido sozinho vistoriar a viatura, provavelmente iria achar que não valeria a pena a aquisição ou o trabalho, porque não saberia em profundo detalhe o que estaria a ver nem o que esperar, por muito que goste de automóveis ou me interesse por assuntos mecânicos.

Em termos de viaturas acidentadas, concordo inteiramente consigo. Além de que existem muitos tipos diferentes de acidente e de consequências. Aliás, reitero a minha humilde opinião: um Ferrari acidentado, se reparado só com peças originais e sem "budget cap" além de correcta e atempadamente mantido, com todos os acessórios, documentos, chaves e facturas é uma viatura que me interessa infinitamente mais a todos os níveis (incluindo segurança) do que um carro nunca sinistrado, mas com manutenções duvidosas em lugares não especializados com peças de proveniência não totalmente aprovada. O problema não é o acidente mas sim o que se fez depois e como. A um acidente, infelizmente, todos estamos sujeitos. Se explicado e reparado sem reservas, não vejo problemas de maior.

Com efeito, se formos analisar os Ferrari 250 que pararam de se fabricar há mais de meio século, devido ao passar do tempo e outras variáveis, é muito difícil (senão mesmo impossível) encontrar um exemplar que em algum ponto da sua história não tenha sofrido algum tipo de dano mais severo, alguma manutenção menos profissional, alguns acessórios em falta no mínimo... E isso ao que parece na prática não impede valores de comercialização quer entre particulares, quer por intermédio de leiloeiras, na casa das dezenas de milhão de Euros.

Um abraço com estima,

Nuno.

 

Pequeno update em relação ao estado do meu 575:

Chegam as peças e iniciam-se os trabalhos!





Um abraço e Páscoa Feliz a todos!